Georreferenciamento deve ser ferramenta básica para avanços
Em setembro, a Socicana participou de dois encontros com o mesmo objetivo: aumentar a segurança no campo. Em 2018, a Associação já havia dado início a uma campanha com o tema e, desde então, tem promovido ações, como: produção de cartilha com orientações ao produtor, convênios com empresas de monitoramento e reuniões com representantes dos governos e órgãos de segurança pública.
No dia 19 de setembro, o presidente da Socicana, Bruno Rangel Geraldo Martins, participou, em São Paulo, do Seminário Segurança no Campo, organizado pela Frente Parlamentar do Agronegócio Paulista, na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Ele esteve acompanhado de outros representantes da Socicana: o conselheiro Aldo Bellodi Neto, que também é secretário de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente de Jaboticabal, além dos associados Luiz Ricardo de Mattos Barretto, Adelino da Silva Carneiro e Felipe Rizzi Carneiro. No evento, Bruno representou ainda a Organização de Plantadores de Cana da Região Centro-Sul do Brasil (Orplana), como membro de sua diretoria. “Eu considero fundamental estas discussões, já que os problemas pelos quais passamos aqui na região são os mesmos em todo o Estado. O Fórum do Agro Paulista discute assuntos relacionados a toda a cadeia produtiva vegetal e animal. Como o secretário de Segurança Pública disse durante o seminário, haverá o comprometimento da Polícia, que espera, entretanto, contar com a participação dos produtores e da comunidade, com informações e ajuda para que possam garantir mais segurança à população rural”, resumiu Bruno.
Durante o evento, foi lançado o Observatório da Segurança no Campo, um grupo de trabalho com representantes de secretarias estaduais, iniciativa privada e associações.
O secretário da Justiça e Cidadania, Paulo Mascaretti, ofereceu apoio para a interlocução com o Judiciário e o Ministério Público. Já o secretário de Segurança Pública, general João Camilo de Campos, e a secretária em exercício da Agricultura e Abastecimento, Gabriela Chiste, apresentaram um plano de ações. Entre elas o programa Rotas Rurais, que irá mapear mais de 200 mil quilômetros de áreas rurais no Estado, utilizando um convênio já existente na Secretaria. “Esse convênio firmado entre o Governo do Estado e os municípios vai fazer a implementação tecnológica dentro do município”, explicou Gabriela Chiste. Para o funcionamento efetivo, porém, as prefeituras deverão alimentar o sistema com informações.
Outra reunião havia ocorrido no dia 13 de setembro, uma realização da Prefeitura de Guariba e Polícia Militar, com apoio da Socicana. Estiveram presentes o prefeito Dr. Francisco Mançano Junior; o presidente da Câmara Municipal de Guariba, Cássio Santa Cruz; o tenente coronel da Polícia Militar, Alexandre Wellington de Souza; o superintendente da Socicana, Rafael Bordonal Kalaki, além de representantes das usinas Santa Adélia e São Martinho e de empresas que atuam em segurança.
Entre os temas discutidos esteve o monitoramento aéreo das áreas rurais, o que exige a implantação prévia do georreferenciamento, ou seja, o mapeamento das propriedades. A iniciativa deve facilitar a localização pela Polícia Militar e até mesmo por outros serviços públicos, como Corpo de Bombeiros e equipes médicas. “A Prefeitura não medirá esforços para contribuir com a Polícia e os proprietários rurais, realizando parcerias com as cooperativas e associações agrícolas, visando inibir os crime”, disse o prefeito.
O tenente coronel Wellington destacou o papel da tecnologia. “Quanto mais dados coletarmos das propriedades rurais, maior a possibilidade de atendermos com precisão e agilidade qualquer ocorrência. A patrulha rural georreferenciada e a atividade delegada (sistema em que mesmo fora do horário normal de trabalho, os policiais estão integrados) são ferramentas muito interessantes na defesa da segurança do campo”, concluiu.
O superintendente da Socicana destacou a parceria. “Além da atividade delegada e de mais uma viatura rural, estamos empenhados no georreferenciamento. A ideia é fazer um projeto amplo de cadastramento das propriedades, com participação da Socicana, além da Coplana e sindicatos”, explicou Rafael.