O primeiro encontro de capacitação do Programa Educacional “Agronegócio na Escola” de 2025 foi realizado no dia 16 de maio, no Instituto Agronômico (IAC), em Ribeirão Preto/SP. Promovido pela Associação Brasileira do Agronegócio da Região de Ribeirão Preto (Abag/RP), o evento reuniu professores de nove estados brasileiros e promoveu um diálogo com lideranças do agronegócio.
No bate-papo entre o ex-ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, e o presidente da Câmara Setorial do Amendoim e conselheiro da Socicana, José Antonio Rossato Junior, destaque para o papel da educação como ferramenta de transformação social, assim como o fortalecimento da imagem do agro brasileiro.
“O agronegócio representa uma quarta parte do Produto Interno Bruno brasileiro, gera um terço dos empregos e é responsável pelo saldo comercial do país. Portanto, é uma posição econômica, política e social fundamental, mas a imagem que ele tem não corresponde a esse tamanho”, afirmou Roberto Rodrigues. Ele falou também do poder das ações conjuntas. “Esse trabalho da Abag com educação é essencial, porque vai fazer com que professores enxerguem a verdade e a transfiram para os alunos, mudando a geração do futuro”, concluiu Rodrigues.
Criado em 2001, o Programa “Agronegócio na Escola” tem metodologia própria, estimulando uma vivência prática e interdisciplinar do universo agroindustrial. A proposta envolve palestras, visitas a propriedades rurais, instituições de pesquisa, cooperativas e indústrias, além da distribuição de materiais digitais para uso em salas de aula presenciais ou virtuais.
Entre 2001 e 2024, o programa envolveu diretamente 324.790 alunos e 5.490 professores em atividades que promovem o conhecimento sobre o setor agropecuário. No período, foram realizadas 2.429 visitas de alunos e 180 visitas de professores, abrangendo um total de 282 municípios e 954 escolas.
Mônika Bergamaschi, presidente do Conselho Diretor da Abag/RP, ressaltou o impacto da conexão entre o conteúdo teórico e a realidade prática do setor. “Os professores trabalham com esse material; depois, quando os alunos vão às empresas, veem que não é só um discurso, tudo o que está sendo ensinado está bem colocado. Eles começam a repensar também como têm tratado essa questão no ambiente urbano. Essa é uma sociedade mais consciente, mais educada, e a prevenção será maior”, disse.