Brasil tem grande potencial de crescimento nesta área
O plástico verde, polietileno produzido a partir do etanol de cana-de-açúcar, é um produto renovável e 100% reciclável. Esta é a principal alternativa para diminuir os impactos ambientais referentes à produção dos plásticos convencionais, originados de petróleo, um combustível fóssil e não-renovável.
Os plásticos têm largo uso na sociedade, desde os mais variados tipos de embalagens, até componentes de automóveis. Infelizmente, estes produtos também tornaram-se um grande problema ambiental, uma vez que levam décadas para se decompor, causando danos ao solo, contaminação dos cursos d’água e uma poluição devastadora nos oceanos, com prejuízos à vida marinha.
Já o plástico verde, com origem em matéria-prima vegetal, pode contribuir com a redução do aquecimento global, uma vez que as lavouras de cana-de-açúcar ainda têm a vantagem da realização de fotossíntese e absorção do C02, um dos grandes vilões no agravamento do efeito estufa. Após o uso, o plástico verde pode ser reaproveitado na geração de energia (diminuindo a utilização de combustíveis fósseis) ou na produção de outros materiais.
O Brasil é um dos pioneiros na produção de plásticos verdes, mas segundo uma pesquisa realizada pela World Wildlife Fund (WWF), o país ainda é quarto maior produtor mundial de lixo, a partir do plástico convencional, com 11,3 milhões de toneladas descartadas por ano, ficando atrás somente dos Estados Unidos, China e Índia. Isto quer dizer que há um enorme potencial no uso deste produto, com o benefício adicional de sermos grandes produtores de etanol, matéria-prima para o plástico sustentável. Importante saber que é o consumidor quem pode, através de suas escolhas, levar ao aumento da produção do plástico verde. Então, em suas próximas compras, sempre que possível, opte por produtos que tenham a sustentabilidade com parte de sua estratégia.