No agronegócio, as mulheres estão conquistando um espaço cada vez mais significativo. Destacam-se pelo trabalho, determinação e expertise e contribuem para impulsionar o setor.
O papel das mulheres no campo mostra que a agricultura não é exclusividade masculina, e, hoje, elas estão presentes em todos as áreas cadeia produtiva, da produção à gestão.
Um exemplo desta atuação é o de Tânia Regina Penariol Sisto, produtora rural e filha de produtores, vive a experiência da sucessão na empresa familiar, há sete anos, uma trajetória que compartilha com a mãe, Carmem Izildinha Carneiro Leão Penariol.
No caso de Tânia, seu conhecimento e habilidades foram o complemento que faltava nos negócios. “Meus primos, que são meus sócios, já haviam realizado a sucessão familiar, mas a parte administrativa ainda não estava completa.” Ela lembra que as conquistas não ocorreram da noite para o dia. “Hoje, observo o aumento da participação das mulheres em diversas profissões, incluindo a gestão da propriedade e as atividades agrícolas. Esse crescimento é resultado de anos de trabalho de muitas mulheres que, desde o início, tiveram a coragem de se destacar e aprender. Percebo um crescimento contínuo, sem barreiras, em que as mulheres estão trabalhando em conjunto para prosperar, mostrando sua perspicácia, delicadeza e garra, assim como os homens sempre o fizeram”, destacou Tânia.
Com Izildinha, o conhecimento se construiu na prática, quando ela se viu diante do desafio de assumir questões estratégicas nos negócios. Ao longo do tempo, se capacitou para as novas atividades e também se aproximou das entidades representativas. Como o reconhecimento do trabalho, veio o convite para integrar o conselho da Socicana. “No início, poucas mulheres estavam envolvidas. No entanto, sempre encontrei portas abertas e fui recebida com carinho e respeito, o que foi fundamental para minha trajetória no conselho, em que aprendi e acrescentei conhecimento”, afirmou Izildinha.
Outra história da atuação bem-sucedida de mulheres no agronegócio é a das irmãs Lívia, Cristina e Milena Gonçalves de Souza, que desde pequenas, acompanhavam o pai, Lauro Gonçalves, no dia a dia da lavoura. Esta proximidade com a agricultura virou gosto e rendeu frutos. Após terminarem a graduação, as irmãs foram trabalhar na empresa da família, onde passaram a cuidar da administração e também da produção.
Para Cristina, o apoio e os valores familiares, transmitidos para os filhos, são a chave para que a empresa familiar prospere. “A mulher tem o papel de incentivar e ensinar os filhos sobre a participação no agronegócio, mostrando como a família chegou até ali, quais foram os caminhos percorridos, e proporcionar vivências para que, na prática, o filho consiga enxergar”, comentou. Ele também destaca as vivências junto às organizações do agro como relevantes para fortalecer e apoiar a participação das mulheres. “Iniciativas como visitas em associações e cooperativas, fazendas, empresas e agroindústrias são importantes para incentivar as jovens, além de oportunidades de trabalho no setor, criação de núcleos para mulheres, promoção de encontros técnicos, capacitação e networking para trocas de experiências”, listou Cristina.
Neste Dia Internacional da Mulher, é fundamental reconhecer a força da presença feminina no agronegócio. A diversidade de perspectivas e habilidades que as mulheres trazem para o campo, não só fortalecem o setor, mas também contribuem para a construção de um futuro mais inclusivo e sustentável para todos.