AGO Socicana apresenta resultados importantes e aprova orçamento para 2025

A Assembleia Geral Ordinária 2025 da Socicana reuniu associados, diretores e conselheiros para a prestação de contas anual, apresentando resultados bastante consistentes no atendimento ao produtor. O relatório com as principais iniciativas e demonstrativos financeiros foi aprovado por unanimidade. Também foram aprovados o orçamento para o exercício atual e a contribuição dos associados.

Dentre as principais conquistas do exercício estão mais de 7.700 atendimentos aos associados, bem como os avanços na Lei do Renovabio, que agora passa a contemplar o produtor de cana-de-açúcar. A Socicana ainda recebeu o prêmio Bonsucro Inspire Award, referente ao Crédito Rural Verde, na categoria Best Value Chain Sustainability Initiative, um reconhecimento mundial por seu trabalho na promoção da sustentabilidade. Entre outros marcos, a digitalização e o aprimoramento dos serviços prestados com a implementação do sistema SAP (sistema de alto desempenho para a gestão). Uma outra atuação relevante foi o trabalho para a revisão do Consecana, além da participação em eventos nacionais e internacionais em defesa dos produtores. Sua forte representatividade é comprovada inclusive pelo fato de a Associação ocupar cadeira cativa nos principais fóruns de articulação e políticas públicas do setor. Dra. Marta Maria Gomes dos Santos também apresentou resultados das áreas ambiental e jurídica, com a realização de mais de 1.100 Cadastros Ambientais Rurais, 394 dos quais já aprovados. Além disso, com o trabalho do Jurídico da Socicana, foi possível evitar prejuízos de mais de R$ 19 milhões aos produtores associados. 

Mais do que uma obrigação estatutária, a AGO é vista pelos associados como um momento de atualização e entendimento sobre a gestão. “A Associação está fazendo uma administração para a gente, mostrando os resultados. Eles apresentam as tendências e o que estão querendo melhorar. É importante participar para acompanhar a prestação de contas. Há um esclarecimento sobre tudo o que está acontecendo e, assim, mesmo quem não participa diretamente, consegue saber como as coisas estão caminhando”, destacou José Luiz Rigueto, associado de Guariba/SP.

Para o próximo exercício, as atividades planejadas dividem-se entre aquelas já consolidadas e que serão mantidas, além do aprimoramento em processos e implantação de novos projetos, como exemplo: representatividade para a defesa dos interesses do produtor, revisão do Consecana, participação nos principais debates do setor, divulgação do Relatório de Sustentabilidade, aplicativo para o produtor, novo Manual de Boas Práticas Agrícolas, projeto de desempenho de variedades e uso de maturadores, campanhas temáticas, digitalização da gestão e capacitação. 

Um ponto importante discutido foi o valor da contribuição do associado, como explicou Rafael Kalaki, superintendente da Socicana. “Para o exercício de 2025/2026, a sugestão do Conselho de Administração, com aprovação da AGO, foi a redução da taxa associativa em aproximadamente 6% em comparação com o exercício passado. A decisão revela mais uma vez nosso apoio ao produtor. A nossa taxa já estava entre as menores definidas por associações de cana do país, mesmo antes dessa redução. A proposta visa beneficiar o produtor, já que existe uma expectativa de redução de safra. E se o produtor tiver menos cana, a Associação precisa ajudar seu associado”, afirmou. Por outro lado, em relação à gestão, a Socicana está prevendo uma diversificação de receitas. “Teremos recursos complementares às taxas associativas. A Socicana tem como um de seus objetivos prestar o melhor serviço ao associado ao menor custo possível. Para isso, busca eficiência nas operações e uso racional de suas finanças, além de estar sempre procurando outras fontes de receitas. Isso somente é possível por conta da gestão administrativa, que permitiu a redução na taxa, sem provocar absolutamente nenhuma perda em relação à qualidade dos serviços prestados”, concluiu o superintendente.

Após a AGO, os produtores participaram de uma palestra ministrada por João Rosa (Botão), sócio-diretor do instituto Pecege, que abordou o tema “Custos de produção do setor sucroenergético e perspectivas de mercado”.