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A Socicana e a Coplana receberam, no dia 17 de junho, a visita de uma delegação do Vietnã composta por autoridades e empresários. O grupo veio conhecer o setor sucroenergético, por exemplo, a mecanização no campo, programas de melhoramento genético, pagamento da matéria-prima (Consecana), indústria e o papel da associação junto a seus associados.
O Vietnã não possui larga tradição na cana-de-açúcar. O país produz anualmente 18 milhões de toneladas de cana, em uma área de 300 mil hectares, sendo que a maior parte pertence às usinas. Como referência, o Brasil produziu, na safra 2014/2015, 634,8 milhões de toneladas de cana-de-açúcar, em uma área pouco superior a 9 milhões de hectares (dados Conab). A mecanização da cultura é uma realidade nova aos vietnamitas, e somente 20% da colheita naquele país é feita mecanicamente.
“Para nós é muito gratificante receber uma comissão composta por produtores e industriais estrangeiros, interessados em conhecer como funciona o nosso setor. O intercâmbio cultural e técnico é importante para que nos aproximar de países que estão buscando aprender e que, em certas ocasiões, também poderão trazer ensinamentos”, disse o presidente da Socicana, Bruno Rangel Geraldo Martins.
“É fundamental fortalecer a cultura da cana no mundo, para que tenhamos um mercado global de etanol. Grande parte da cana produzida no mundo, exceto no Brasil, é baseada na produção de açúcar, o que tem causado queda de preço deste produto. Queremos que estes mercados passem a produzir também etanol e que consumam biocombustível em sua frota”, destacou o superintendente da Socicana, José Guilherme Nogueira.
“As nossas impressões sobre o setor sucroenergético no Brasil foram as melhores. Queremos estudar mais as inovações na área da mecanização, variedades, melhoramento genético e ver o que podemos transferir para a nossa realidade”, explicou Nguyen Diep Tuan, gerente de vendas de fabricante de máquinas e implementos agrícolas.
Vietnã
O Vietnã, situado no continente asiático, possui 90 milhões de habitantes. Com reformas políticas, na década de 1990, atraiu capital estrangeiro. Seu principal parceiro econômico são os Estados Unidos. Nos últimos anos, registrou um dos maiores crescimentos econômico do sudeste asiático. É o maior produtor mundial de café conilon, com uma produção anual estimada em 28 milhões de sacas de 60 kg, seguida pelo Brasil, com uma produção perto de 12 milhões de sacas. As principais culturas são arroz, açúcar, café, seringueira, chá e pimenta-do-reino, cultura em que é o maior produtor mundial.
